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É comum ouvirmos dizer que os cachorros tem a visão totalmente em preto e branco, mas a realidade não é bem essa. Na verdade, os olhos dos cães ficam posicionados de forma mais lateral, dando a eles um ângulo de visão de 250º graus, enquanto o nosso é de 190º, o que faz com que os pets tenham apenas metade da nossa visão binocular, que usamos para focar em objetos mais distantes.
Como grande parte dos sentidos caninos foram desenvolvidos pela necessidade de caçar a noite, a visão canina adapta-se muito bem em ambientes escuros ou com pouquíssima luz. Suas lentes e córneas são maiores do que as humanas, além de possuírem uma membrana reflexiva que potencializa a visão noturna.
A maior diferença encontra-se na retina. Tanto na retina humana quanto na canina existem dois tipos de fotorreceptores que captam a luz para transformá-la em imagens: os bastonetes e os cones. Os bastonetes respondem bem a ambientes escuros e são responsáveis pela visão periférica e detecção de movimentos. Os humanos possuem cerca de 9 milhões de bastonetes, enquanto os cães têm um número de bastonetes extremamente maior que, ao alinhar-se com as pupilas maiores, promove uma visão no escuro 5 vezes melhor do que a humana e 6 vezes mais sensível a movimentos.
As cores ficam a cargo dos cones, que são ativados em locais mais claros e tem a visão mais focal, em detalhes. Nós temos 4,5 milhões de cones, que são divididos em 3 grupos: os que captam variações de azul, os que captam verde e os que captam vermelho, resultando em uma visão tricromática que nos capacita a reconhecer mais de 1 milhão de cores. Os pets, no entanto, tem apenas 900 mil cones, que captam apenas variações de amarelo e de azul, sendo essa uma visão dicromática que permite uma variação de 10 mil cores e em menor intensidade. Os cães não reconhecem a cor vermelha.
Agora você já sabe que nossos companheiros não enxergam preto e branco, apenas menos cores e com menor intensidade. Quer saber mais curiosidades e cuidados com os pets? Acompanhe o site do Planet Dog!